Por alguma razão, quando começou, pensei que durasse mais tempo. Foi ontem que me perdi neste mundo que agora é pequeno e onde conheço tanta gente que me viu crescer. E é estranho porque agora tudo é diferente, sem ter dado pela mudança.
Por alguma razão, se eu cresci, posso confirmar que sei onde foi, porque foi e para que foi: para ser melhor, para gostar de melhorar e querer superar-me.
Por alguma razão, o desenvolvimento é infinito, mesmo que em movimento retardado. A gradualidade do crescimento mostra que é simples a minha evolução neste corredor que está a chegar ao fim. Digo simples porque não continuo o mesmo, talvez tenham mudado convicções, opiniões e consciências; simples porque basta dizer que estou diferente depois de tantos anos.
Por alguma razão aprendi e construí cada passo. Por alguma razão afirmo que as palavras são insuficientes para a descrição que possam pedir. É difícil.
Por alguma razão não acabo o pensamento que me guiou estes anos.
Por alguma razão, não é tempo de despedidas, de adeus e partida. Continua a ser esta a minha casa, a família pode não ser de apelido mas é de vivências e momentos que não esqueço.
Por alguma razão agradeço.
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